Comedores seletivos: Descubra se você é um deles

A diversidade alimentar é uma das principais formas de se alcançar, recuperar ou manter a saúde. Trata-se do ponto inicial conjunto com outras ações, tais como prática de atividades físicas, sono de qualidade e gerenciamento do estresse para que se alcance o bem-estar físico e mental, é por isso, que se deve sempre buscar uma dieta que seja a mais variada possível. 

 

Por outro lado, quando diversos alimentos são rejeitados, há uma privação de nutrientes importantes ao organismo. É o caso de pessoas que não comem determinado grupo de alimentos, como frutas, saladas e frutos do mar, por exemplo. 

 

Dentro da medicina, pessoas que não se alimentam de forma variada são chamadas de comedores seletivos e a condição é conhecida pela alcunha de seletividade alimentar. 

 

Resolvi escrever sobre esse assunto, pois tenho notado um crescimento de comedores seletivos, nos últimos tempos. 

 

Assim, como sempre fizemos nesse espaço, vou falar sobre essa condição, quais são os principais sintomas e como reverter o ato de comer seletivamente. Vamos lá?

 

Entendendo a seletividade alimentar 

 

A seletividade alimentar é hoje configurada como um Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo – TARE. 

 

Mais do que apenas ser somente um comedor seletivo, a pessoa apresenta aversão a odores, cores, texturas e sabores, podendo inclusive desenvolver fobia de determinados alimentos. 

 

O resultado é uma alimentação excessivamente restrita que acaba por afetar principalmente a ingestão de micronutrientes, como vitaminas e minerais. 

 

Características dos comedores seletivos 

 

Na maioria das vezes em que se fala de seletividade alimentar, a maioria das pessoas automaticamente associam a condição às crianças. 

 

No entanto, o número de comedores seletivos adultos é cada vez maior. Isso porque, a condição está ligada com fatores emocionais, tais como ansiedade, depressão e até mesmo convívio social prejudicado. 

 

Ou seja, tudo o que a pandemia trouxe à tona, não é mesmo?

 

A boa notícia, é que algumas características facilitam a identificação de comedores seletivos. As principais são:

 

  • Ingerir apenas alimentos vistos como seguros ou aceitáveis;
  • Evitar alimentos com sabor, textura ou cor em particular;
  • Escolher sempre os mesmos alimentos;
  • Sentir aversão a grupos alimentares inteiros, como frutas, legumes ou saladas;
  • Ficar angustiado quando é encorajado a experimentar alimentos diferentes;
  • Apresentar náuseas ou vomitar ao se deparar com a necessidade de comer novos alimentos.

 

Um ponto importante a se mencionar, é que comedores seletivos em geral, não apresentam problemas de peso. 

 

Assim, pessoas com seletividade alimentar normalmente estão dentro da faixa de normalidade de IMC, embora seja comum apresentarem carências de micronutrientes. 

 

Fazendo o diagnóstico seletividade alimentar 

 

Para que uma pessoa seja diagnosticada como comedora seletiva, ela precisa de um acompanhamento multidisciplinar, que envolve de forma geral um clínico geral e um psicológico. 

 

A confirmação do diagnóstico envolve consultas nutricionais como forma de avaliar hábitos alimentares, assim como consultas periódicas com um clínico para avaliação de exames de sangue e de imagem. 

 

Uma vez diagnosticado o transtorno, o comedor seletivo é encaminhado para tratamento. 

 

Como é o tratamento de comedores seletivos? 

 

Por ser um distúrbio relativamente recente, que passou a ser reconhecido somente em 2017, ainda não existe um protocolo para tratar comedores seletivos. 

 

O que se pratica hoje é uma abordagem multidisciplinar com a participação de um nutricionista, clínico geral e psicólogo que vem alcançando resultados positivos. 

 

O ponto de partida do tratamento é a aceitação do diagnóstico por parte do paciente, que toma consciência dos efeitos da seletividade alimentar para sua saúde e para suas relações, tanto no trabalho, quanto no âmbito social e familiar. No início, é importante que familiares e companheiros se conscientizem e se engajem ativamente no tratamento. 

 

Tendo em mente que o tratamento para comedores seletivos é lento, é comum que as seguintes ações sejam colocadas em prática:

 

Deve-se prezar por um bom ambiente de refeições, seguindo conceitos de alimentação com atenção plena, descartando o uso de eletrônicos à mesa e uma maior ligação com a comida;

 

Cobranças e discussões no momento da alimentação devem ser evitadas, permitindo que o paciente seja livre para fazer escolhas alimentares;

 

Estabelecer com o paciente a introdução pontual de novos alimentos, formas de preparo e ressaltar semelhanças com alimentos já aceitos e a importância para a saúde;

 

Administrar a ansiedade por resultados por parte do paciente, de familiares e companheiros, evitando cobranças por avanços que prejudiquem o engajamento e a continuidade do tratamento;

 

Monitorar deficiência e carência de nutrientes e quando houver necessidade, receitar suplementos que supram essa necessidade.

 

Seletividade alimentar tem cura 

 

A boa notícia sobre seletividade alimentar é que comedores seletivos podem facilmente superar o problema e voltar a ter uma vida gastronômica e saudável, tanto no que diz respeito às texturas e sabores, como na própria saúde em si. 

 

Se identificou com as características apresentadas pelos comedores seletivos? Acredita que sua alimentação poderia ser mais variável? Eu posso te ajudar com isso.

 

Com um atendimento assertivo e humanizado, o clínico geral é sempre o primeiro profissional que você deve procurar. 

 

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